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Este é o primeiro post do RHlab sobre marca empregadora (ou Employer branding) e se você, profissional de gente/talentos, está pensando em alavancar sua marca empregadora organizacional, eu tenho uma pergunta inicial: você entrega o que vende ou é uma propaganda enganosa?

Neste caso, não falo da qualidade de seus produtos/serviços, o que ela vende ou reputação da empresa para seus clientes. Estou falando de marca empregadora, a reputação da marca da empresa para seus colaboradores e candidatos. E independente da existência de uma explícita e concreta proposta de valor aos colaboradores (ou Employee Value Proposition — EVP) sua marca empregadora existe!

Afinal, colaboradores falam de suas experiências fora (e dentro) da organização.

Basicamente, a história da sua organização opera em 3 níveis.

Nível 1: a história real — o que se passa — a experiência real dos colaboradores.
Nível 2: o que o seu colaborador conta a um grupo de pessoas. E neste nível eu incluo também o que um recrutador conta aos candidatos na hora de uma entrevista e a forma como a organização quer ser vista pelos candidatos.


Nível 3: a história que este grupo diz a todos os outros interessados ou que estão dispostos a ouvir.

Esse efeito tem um nome, Rashomon, um filme japonês de 1950 que mostra várias percepções para um mesmo evento por pessoas diferentes.

Em cada nível, nossa mente dá sentido à história. Pode mudar de pessoa para pessoa e em diferentes níveis. E não é apenas uma diferença da percepção, neste caso existem outras variáveis como motivações, necessidades, mecanismos individuais, experiências reais, etc.

Agora, me responda sinceramente: se você é o candidato e está avaliando a empresa X para trabalhar, qual das alternativas abaixo tem um peso maior para você tomar a sua decisão?
a) a qualidade do produto que ela entrega?
b) o testemunho de alguém que trabalhou/trabalha lá?
c) o testemunho de um amigo do amigo que trabalhou/trabalha lá?

Se você respondeu a letra b ou c, eis onde mora o perigo. Entenda.

Pelo terceiro nível da história, podem existir narrativas conflitantes. E esses conflitos surgiram do segundo nível onde, em algum momento, as pessoas que trabalharam/trabalham lá testemunharam um evento em conflito com a sua narrativa, ou seja, a marca do empregador se dissociou da experiência real dos colaboradores e tornou-se uma máquina de contar histórias. A história sem evidência permanece aberta a variações e interpretações.

Sendo bem clara, se você vende um ambiente flexível de se trabalhar para um candidato e, ao entrar, ele não percebe esta evidência, isso traz toda uma narrativa (da percepção da empresa) que será desafiada. É um desalinhamento entre narrativa e realidade. E isto pode colocar em risco um projeto (e investimento) bacanudo para alavancar a marcar empregadora.

Portanto, sugiro três atividades básicas antes de você começar a estruturar seu projeto de alavancagem da sua marca empregadora:

1. Não exagere

Sabemos que estamos em um “apagão de talentos” e às vezes, no desespero de conquistar os melhores, vendemos uma imagem que não somos. Por isso, sabe aquela descrição da sua vaga divulgada? Releia. A organização que você está vendendo está, de fato, em congruência com o que ela realmente é?

2. Entenda o core da organização

Na maioria das vezes percebo que há uma imagem muito forte em torno de como essas organizações desejam se posicionar no mercado. Ás vezes esse posicionamento pode ser estratégico frente às tendências atuais de captação de talentos, às vezes pode refletir uma vontade de ser mas uma incapacidade de se tornar, às vezes este processo é tão inconsciente que beira a esquizofrenia.

3. Escute o seu colaborador

Não importante se ele tem 6 anos ou 6 meses de organização, converse com ele de forma genuína para saber se em algum momen

to de sua jornada dentro da organização, venderam uma propaganda enganosa. Pode ser uma conversa muito rica onde você já vai coletando insumos para fortalecer o seu EVP.

Como diz Platão:

não existe uma verdade absoluta.

Mas, quanto mais próximo a narrativa estiver da realidade, menor as chances de ausências de evidências. Maior as chances de um projeto de marca empregadora bem sucedido.

A maneira mais acertada então de estabelecer uma marca empregadora forte é consistentemente entregar o seu EVP, de forma genuína.

Prepare-se para acompanhar como disrupturas do RH
O fortalecimento da RH dentro da organização está caminhando, 
cada dia mais, com uma contínua aquisição de competências 
complementares aos profissionais de pessoas. 
Junto com o fortalecimento do RH, adquirimos credibilidade 
para falarmos da imagem da organização, conseguimos
 mostrar resultados e benefícios em investir na marca 
empregadora. Marca empregadora não é função de Marketing. É a 
função do RH. Absorva!

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