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No último relatório da Deloitte HR Technology Disruptions para 2017 a mensagem é muito clara: há uma tremenda mudança em reconhecer e priorizar o poder da experiência de trabalho dos colaboradores e com isso vem uma grande evolução das ferramentas de RH como suporte para a gestão. Diante das mudanças, os avanços tecnológicos são os mais importantes em 3 áreas: recrutamento, treinamento e manutenção do bem-estar dos funcionários.

1. Recrutamento inteligente e divertido

As empresas devem adotar novas tecnologias para tornar a contratação verdadeiramente experiencial e que possam apoiar o branding da organização

De acordo com o próprio relatório, a cada ano, mais de dois terços das grandes empresas deixam de usar o seu atual software de gestão por não estarem suprindo as necessidades do RH — aquele que faz o mamão com açúcar: coleta, triagem e armazenamento de currículos. No lugar, novas ferramentas cognitivas e com funcionalidades avançadas e que oferecerem análises avançadas de perfil para o recrutamento e seleção estão ganhando espaço. Tais ferramentas podem agilizar o processo quando muitos candidatos devem ser entrevistados e torná-lo mais eficiente em termos de escolha dos mais adequados com base em uma análise avançada e consequentemente mais acertada (que é o grande objetivo de uma seleção).

Algumas consultorias brasileiras (a 99jobs, por exemplo) já oferecem ferramentas que analisam o quão bem os candidatos se encaixam no ambiente, equipe ou até mesmo nos valores organizacionais da empresa na fase de pré-entrevista. As ferramentas da Pymetrics através da aplicação de jogos neurocientíficos + grandes dados, ajudam tanto o empregador quanto o candidato, a estimarem o quão proveitoso será o novo contrato. Avalia também em qual empresa aquele candidato terá o maior desempenho.

Além disso, as entrevistas com tecnologia podem se tornar uma experiência verdadeiramente empolgante para contratar e, portanto, podem ajudar a moldar e sustentar o branding da organização. Um exemplo muito bom é a a campanha de contratação da Heineken de 2013. Se você nunca viu, dá uma olhada aqui:

Se você achou demais, eles não pararam por ai e recentemente lançaram o “Go Places” que merece um post só para falar em detalhes sobre o que foi essa campanha de recrutamento. Mas resumidamente, eles fizeram um teste de vídeo online e interativo, onde o candidato em apenas 1 minuto, deve responder 12 perguntas baseadas no modelo do Eneagrama. Você também pode passar pela entrevista clicando aqui.

2. Aprendizagem contextual e envolvente

Para satisfazer as necessidades dos colaboradores para o desenvolvimento pessoal, as empresas estão reconsiderando seu gerenciamento de aprendizagem para ir além das práticas tradicionais e fornecendo ferramentas para aprendizagem contextual e envolvente como proposta para acelerar o processo de aprendizagem das competências dos colaboradores e prepará-los para o trabalho.

O Modelo de Aprendizagem Contextual foi desenvolvido principalmente por dois pesquisadores americanos, John Falk e Lynn Dierking, do Institute for Learning Innovation e baseia-se na idéia de Free-Choice Learning, ou seja, aprendizagem de livre escolha, voluntária e não sequencial.

De acordo com o relatório, as oportunidades de aprendizagem em um local de trabalho tornaram-se critérios fundamentais para os Millennials escolherem seus empregadores. À medida que o ambiente de trabalho se torna mais dinâmico, o aprendizado deve, portanto, ser colaborativo, virtual e contextual.

Desde 2009, houve uma queda de 77% dos treinamentos corporativos liderados por instrutores para apenas 32%. Os departamentos corporativos de TD&E começaram a reconhecer a necessidade de redesenhar seus sistemas de treinamento de modo a fornecer uma experiência de aprendizagem integrada e contínua.

A tecnologia reage com opções mais flexíveis e atraentes, suportadas pelas últimas tendências:

  • Plataformas de curadoria e agregação de conteúdos. Por exemplo o Pathgather e Degreed que criam trilhas de aprendizagem, disponibilizam conteúdos curados e auxiliam no aprendizado.

  • Uso de simulações e outros tipos de realidade aumentada;

  • Aumento do interesse pela aprendizagem contextual. A plataforma Indiana de aprendizado Knolskape, por exemplo, oferece pequenos “momentos” de aprendizagem no trabalho, dentro da função diária, fazendo com que a resposta e os resultados de aprendizagem sejam imediatos, permitindo uma manutenção da motivação para aprender.

3. Foco no bem-estar dos colaboradores para uma maior produtividade

O uso de apps orientados para fitness/ bem-estar já é realidade nas organizações para promover bem-estar, produtividade e possível retenção dos colaboradores. É claro que isso sozinho pode não ter tanta força, mas é um bom começo de jornada: genuinamente pensar na vida saudável do colaborador.

Josh Bersin prevê que, em 2017 (se liga que estamos já no meio do ano), haverá um aumento nas tecnologias para gerenciar o bem-estar dos colaboradores, o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal e o desempenho pessoal.

No ambiente de trabalho cada vez mais complexo, o ambiente empresarial agradável, confortável e que promova o bem-estar torna uma maneira de sustentar o branding da organização e aumenta o envolvimento da equipe. Muitas empresas já introduziram, por exemplo, ferramentas de melhoria de desempenho e dispositivos digitais para permitir que os colaboradores criem e gerenciem desafios de fitness, além de compartilhar e discutir suas conquistas com os colegas.

Os aplicativos de bem-estar e fitness ajudam a manter a produtividade e o bem-estar dos colaboradores com idéias orientadas por dados e dicas saudáveis ​​durante o horário de trabalho. Tendo em vista os altos custos de recrutamento, investir em bem-estar parece um ato razoável destinado a retenção de colaboradores. Por exemplo o aplicativo que estimula os colaboradores a irem de bike para o trabalho, em troca, cada pedalada vira pontos para um programa de reconhecimento e recompensa.


Prepare-se para acompanhar as disrupturas de RH

É provável que ferramentas de bem-estar, aprendizado e gerenciamento de desempenho tornem-se uma única plataforma, pois todos eles estão configurados na prática para oferecer suporte aos colaboradores no que diz respeito a melhora da produtividade individual, ao mesmo tempo que introduz novas métricas não triviais para análise da personalidade dos colaboradores (por exemplo o Eneagrama). Além disso, é importante não se distrair com a abundância de ferramentas: mantenha-se atualizado mas verifique o que melhor te atende, enquanto RH.

E você, do RH? Já pensou em desenvolver estas ferramentas? Falar em tecnologia para muitos ainda pode ser um tabu, mas um passo inicial para alguns pode ser uma solução eficiente para outros. Pensa nisso!

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